A República de Chipre comemora neste dia 1 de Outubro de 2015 o 56º aniversário da Declaração de Independência com uma parada militar na capital, Nicosia, presidida pelo Presidente Nicos Anastasiades com a presença dos dirigentes políticos, religiosos e militares do país e com um discurso transmitido pela televisão.
 
O Presidente da República recebeu no Palácio Presidencial cumprimentos do Corpo Diplomático. Anastasiades recebeu uma carta de Barack Obama reiterando o apoio dos EUA à reunificação do país.
 

O Presidente Anastasiades presidiu durante a manhã à cerimónia em honra dos heróis que morreram durante a batalha de libertação (EOKA). O primeiro Presidente de Chipre, Arcebispo Makarios III, foi também homenageado tendo o Presidente da República depositado um ramo de flores junto da sua estátua.
 

Em 1960 terminou a dominação colonial com a assinatura do Tratado de Zurique-Londres tendo sido proclamada a República de Chipre. Chipre declarou a independência a 16 de Agosto de 1960 após cinco anos de luta (1955-1959) e depois de 82 anos (1878 a 1960) sob domínio do Império Britânico.
 

Em Julho de 1974 a Junta Ditatorial Militar Grega no poder em Atenas lançou um golpe de Estado contra o governo legítimo Cipriota. Este golpe serviu de pretexto à Turquia para invadir Chipre cinco dias depois e expulsar do seu próprio território 40% da população Cipriota Grega que viu as suas casas e bens confiscados. Chipre tem desde então 37% do seu território militarmente ocupado pela Turquia.
 

Isolada internacionalmente (nenhum país reconheceu a ocupação) a Turquia continua a ameaçar Chipre e a Europa comprometendo a sua própria vontade de adesão à Comunidade Europeia ao não aplicar o Protocolo de Ancara que assinou com a União Europeia.
 

A Turquia persiste em não reconhecer a República de Chipre, um dos Estados membros da União Europeia.
Cerca de 40 000 soldados turcos continuam a ocupar ilegalmente o norte de Chipre apesar da condenação internacional. As Nações Unidas mantêm uma força na zona tampão que divide a ilha e que passa pelo centro da capital, Nicósia, a única capital do mundo ainda dividida.